A psiquiatra Kübler-Ross descreve o enorme alívio dos pacientes que estão morrendo quando os convidamos a compartilhar seus temores e suas necessidades. Ela argumenta que esses diálogos podem facilitar a jornada para a morte, uma jornada que ela divide em cinco estágios:
A negação, diz ela [Elisabeth Kübler-Ross], é a primeira resposta à notícia de uma doença fatal: "Deve haver algum engano! Não pode ser!". A raiva (contra os médicos, contra o destino) e a inveja (dos que não estão morrendo) vêm em seguida, com a clássica pergunta: "Por que eu?". A negociação é a terceira resposta, uma tentativa de adiar o inevitável, promessas em troca de mais algum tempo - embora a mulher que jura que estará pronta para morrer se viver até o casamento do filho possa voltar atrás e dizer: "Agora, não esqueça que tenho outro filho!". A depressão, o quarto estágio, é o sentimento de pesar pelas perdas do passado e pela grande perda que se aproxima. E, para alguns, a necessidade de uma lamentação preparatória para a própria morte consiste em juntar-se à tristeza e ficar triste. A aceitação, o estágio final, "não deve ser considerada", diz Kubler-Ross, "como uma fase feliz". É quase "isenta de sentimento"; parece ser um tempo em que a luta já terminou. Ela conclui que, quando as pessoas são ajudadas na passagem pelos estágios anteriores, não mais ficam deprimidas, invejosas, zangadas ou inconformadas, mas contemplam o fim próximo "com um certo grau de tranquila expectativa".
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