Sean Ellis & Morgan Brown (Hacking Growth; pág: 17)
29 de outubro de 2020
OPORTUNIDADES NO CORE BUSINESS
27 de outubro de 2020
A CULTURA DO CONSUMIDOR
Perelman e Tyteca, em seu Tratado da argumentação: a nova retórica, nos lembram que é preciso, antes de mais nada, conhecer o auditório a que uma mensagem se destina, definindo-o como “o conjunto daqueles que o orador quer influenciar”. Podemos, no caso do discurso publicitário, nomear de auditório o público-alvo e de orador os criativos que o elaboram e o embalam em palavras e imagens, quando veiculado em mídia impressa. Os dois teóricos afirmam que cabe ao auditório (...) o papel principal para determinar a qualidade da argumentação e o comportamento dos oradores. (...) Estes últimos vão escolher os elementos suasórios para a construção das peças publicitárias de acordo com o briefing ou a estratégia criativa - ou seja, conforme as informações que devem nortear a sua plataforma comunicacional, como as características do produto ou serviço anunciado, o histórico da marca, a publicidade de seus concorrentes, o contexto socioeconômico, as peculiaridades de seu target, entre outras. Em suma, a cultura do consumidor deve ser contemplada, transposta para o discurso publicitário que lhe é direcionado, visando, assim, gerar identificação.
João Anzanello Carrascoza (Estratégias Criativas da Publicidade; pág: 24)
CRESCIMENTO E MERCADO
Se o mercado onde seu negócio está inserido está crescendo [em média, digamos] x% por ano e seu negócio também está crescendo perto de x% por ano, é o mercado que está arrastando seu negócio, e não você que o está empreendendo de forma diferenciada, de forma verdadeiramente empreendedora. (...) Crescimento está relacionado ao mercado em que você atua: se for em software, por exemplo, saiba que o mercado brasileiro cresceu mais de 10% em 2012. Seu novo negócio, que cresceu 5% no ano, está indo na metade da velocidade do mercado, e está perdendo mercado, na prática. (...) Crescimento empreendedor, em um mercado que cresce x% ao ano, é crescer 5x%, 10x% ao ano ou mais.
Silvio Meira (Novos Negócios Inovadores de Crescimento Empreendedor no Brasil; pág: 67)
23 de outubro de 2020
SISTEMA MIDIÁTICO
Ao sistema midiático cuja centralidade é indiscutível na sociedade contemporânea, graças à tecnologias (novas e tradicionais). Ubíquo e onipresente é este sistema, capaz de impor um “presente contínuo”, graças ao advento dos meios digitais que tornaram o “aqui e agora” instâncias essenciais à constituição dos sentidos sociais. O sistema midiático, considerado como o universo que incorpora o território material e simbólico de todos os meios de comunicação de massa e suas ramificações hibridizantes, está, a toda hora, e em todo lugar, na vida do indivíduo. (...) A chuva de ouro que fecunda a sociedade de consumo é formada pelos fluxos comunicacionais que carregam grandes, pequenos e microdiscursos, de ontem e de hoje, que se misturam, se fundem, se aglutinam ou se repelem. no âmbito desse universo discursivo, que se faz e se refaz a cada instante, embaralhando signos e mudando seus sentidos conforme o domínio e o contexto em que transitam, a publicidade se destaca, não apenas por “patrocinar” os mass media, mas por ter se transformado na metamercadoria - a mercadoria que divulga as demais mercadorias. (...) Essa mistura de discursos é permeada pelo apagamento de fronteiras entre ficção e realidade.
João Anzanello Carrascoza (Estratégias Criativas da Publicidade; págs: 7 e 8)
21 de outubro de 2020
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
A variação linguística tem que ser objeto e objetivo do ensino de língua: uma educação linguística voltada para a construção da cidadania numa sociedade verdadeiramente democrática não pode desconsiderar que os modos de falar dos diferentes grupos sociais constituem elementos fundamentais da identidade cultural da comunidade e dos indivíduos particulares, e que denegrir ou condenar uma variedade linguística equivale a denegrir e condenar os seres humanos que a falam, como se fossem incapazes, deficientes ou menos inteligentes - é preciso mostrar, em sala de aula e fora dela, que a língua varia tanto quanto a sociedade varia, que existem muitas maneiras de dizer a mesma coisa e que todas correspondem a usos diferenciados e eficazes dos recursos que o idioma oferece a seus falantes.
Marcos Bagno (Preconceito Linguístico; pág: 16)
20 de outubro de 2020
PREFIRO SER RICO
“Ouçam-me, todos. Não há nobreza alguma em ser pobre. Já fui rico e já fui pobre, e prefiro ser rico. Pelo menos, sendo rico, quando tenho de enfrentar meus problemas, posso aparecer no banco traseiro de uma limusine, vestindo um terno de 2 mil dólares e um relógio de ouro de 20 mil dólares! E, acreditem em mim, chegar com estilo torna seus problemas muito mais fáceis de lidar.” (...) Veja, se quiser envelhecer com dignidade… se quiser envelhecer e manter seu autorrespeito… então é melhor ficar rico agora. A época em que se trabalhava para uma grande empresa entre as 500 Maiores da Fortune com aposentadoria integral é coisa da porra do passado! E, se você acha que a Previdência Social será sua segurança, é melhor repensar. Com as taxas atuais de inflação, dará apenas para pagar suas fraldas depois que o enfiarem em algum asilo mofado, onde uma jamaicana de 160 quilos com barba e bigode irá dar-lhe sopa através de um canudinho e então o esbofeteará quando estiver de mau humor.
Jordan Belfort (O Lobo de Wall Street; pág: 101)
17 de outubro de 2020
O NÃO-GREGO NO CRISTIANISMO
Os gregos não viam os deuses homéricos acima de si, como senhores, e não se viam abaixo deles, como servos, ao modo dos judeus. Viam como que apenas a imagem em espelho dos exemplares de sua própria casta que melhor vingaram, portanto um ideal, não um contrário de sua própria essência. Há o sentimento de parentesco recíproco, subsiste um interesse de lado a lado, uma espécie de simaquia. O homem pensa nobremente de si quando dá a si mesmo tais deuses e se coloca em uma relação como é a da nobreza inferior para com a superior; enquanto os povos itálicos têm uma boa religião de camponês, com constante inquietação contra potências más e caprichosas e espíritos torturantes. Onde os deuses olímpicos se retiravam, ali a vida grega era também mais sombria e inquieta. - O cristianismo, por sua vez, esmagou e alquebrou completamente o homem, e o mergulhou como que em um profundo lamaçal: então, no sentimento da total abjeção, fazia brilhar de repente o esplendor de uma piedade divina, de tal modo que o surpreendido, aturdido pela graça, lançava um grito de embevecimento e por um instante acreditava carregar o céu inteiro em si. Sobre esse doentio excesso do sentimento, sobre a profunda corrupção da cabeça e coração necessária para isso, atuam todas as invenções psicológicas do cristianismo: ele quer aniquilar, alquebrar, aturdir, inebriar, ele só não quer uma coisa: a medida, e por isso é, no sentido mais profundo, bárbaro, asiático, sem nobreza, não-grego.
Friedrich Nietzsche (Humano, Demasiado Humano - Um Livro Para Espíritos Livres [Vol. 01]; pág: 82)
16 de outubro de 2020
NOSSOS ÚLTIMOS CENTÍMETROS
"...Mas minha integridade era mais importante. Isso é egoísmo? Pode não ser muito, mas é tudo o que nos resta aqui. São nossos últimos centímetros... ...Mas, neles, nós somos livres. (...) Eu vou morrer aqui. Cada centímetro de mim morrerá... ...Exceto um. Um só. É pequeno e frágil e é a única coisa no mundo que ainda vale a pena se ter. Não devemos jamais perdê-lo, vendê-lo ou entregá-lo. Não podemos deixar que alguém tire de nós. Não sei quem você é, se é homem ou mulher, talvez eu nunca o veja, nem te abrace, nem bebamos juntos... Mas eu te amo."
Valerie
Alan Moore (V de Vingança; págs: 158, 161 e 162)
A ORIGEM DO CULTO RELIGIOSO
Falta, em geral, todo conceito de causalidade natural. Quando se rema, não é o remar que move o navio, mas remar é somente um cerimonial mágico pelo qual se força um demônio a mover o navio. Todas as doenças, a própria morte, são resultado de intervenções mágicas; no adoecer e morrer as coisas nunca se passam naturalmente; falta toda representação do “curso natural”. (...) Uma pedra que subitamente rola é o corpo em que um espírito está agindo; se jaz charneca solitária um bloco, se parece impossível pensar em força humana que o tenha trazido, a pedra deve ter movido a si mesma, isto é: deve albergar um espírito. (...) A natureza inteira, na representação de homens religiosos, é uma soma de ações de seres dotados de consciência e vontade, um complexo descomunal de arbitrariedade. (...) A meditação do homem que acredita na magia e no milagre visa impor à natureza uma lei -: e, dito concisamente, o culto religioso é o resultado dessa meditação. (...) Por súplica e oração, por submissão, pelo compromisso de prestar tributos e oferendas regulares, por glorificações lisonjeiras, é possível, pois, exercer também sobre as potências da natureza uma coação, atraindo para si sua afeição: amor liga e é ligado. (...) É uma espécie de coação mais poderosa, por magia e feitiçaria. (...) O sentido do culto religioso é determinar e confiar a natureza em proveito do homem, portanto, imprimir-lhe uma legalidade que de antemão ela não tem. (...) Em suma, o culto religioso repousa nas representações da feitiçaria entre homem e homem; e o feiticeiro é mais antigo do que o padre.
Friedrich Nietzsche (Humano, Demasiado Humano - Um Livro Para Espíritos Livres [Vol. 01]; págs: 79, 80 e 81)
JUSTIÇA E VINGANÇA
Friedrich Nietzsche (Humano, Demasiado Humano - Um Livro Para Espíritos Livres [Vol. 01]; pág: 78)
14 de outubro de 2020
COMO SE FOSSE
Dan Brown (O Símbolo Perdido; pág: 62)
8 de outubro de 2020
SOMOS NÓS OS COLORISTAS
Friedrich Nietzsche (Humano, Demasiado Humano - Um Livro Para Espíritos Livres [Vol. 01]; págs: 73, 74 e 75)
6 de outubro de 2020
PERCEPÇÕES E IMPRESSÕES
David Hume (Investigação Acerca do Entendimento Humano; págs: 35, 36 e 37)
4 de outubro de 2020
AUTOMAÇÃO E MERCADO DE TRABALHO
Yuval Noah Harari (21 Lições para o Século 21; págs: 45 e 46)
1 de outubro de 2020
BOTÕES BIOQUÍMICOS
Quando avaliamos arte tendemos a julgá-la segundo seu impacto emocional no público. Mas se a arte é definida pelas emoções humanas, o que acontecerá quando algoritmos externos forem capazes de compreender e manipular emoções humanas melhor do Shakespeare, Frida Kahlo ou Beyoncé? Afinal, emoções não são um fenômeno místico - são resultado de um processo bioquímico. Daí que num futuro não muito distante um algoritmo de aprendizado de máquina será capaz de analisar dados biométricos de sensores em seu corpo, determinar o tipo de sua personalidade e suas variações de humor e calcular o impacto emocional que uma determinada canção - até mesmo uma certa tonalidade - terá sobre você. (...) Ao usar enormes bases de dados biométricos geradas a partir de milhões de pessoas, o algoritmo poderia saber quais botões bioquímicos acionar para produzir um sucesso global que faria todo mundo rebolar como louco nas pistas de dança. Se arte de fato tem a ver com inspirar (ou manipular) emoções humanas, poucos (se é que algum) músicos humanos terão a oportunidade de competir com um algoritmo desses, porque não podem se equiparar a ele na compreensão do principal instrumento que está tocando: o sistema bioquímico humano.
Yuval Noah Harari (21 Lições para o Século 21; págs: 47, 48, 50 e 51)