31 de maio de 2021

GOOGLE CONFIDENTE

O poder dos dados do Google está no fato de as pessoas "contarem" ao gigantesco mecanismo de busca o que não diriam a mais ninguém. (...) Uma das principais razões pelas quais as buscas no Google são tão valiosas não é o fato de haver muitas; é o fato de as pessoas serem sinceras nelas. (...) Talvez você não tenha admitido sequer para si mesmo que sofre de depressão, mesmo fazendo buscas no Google sobre crises de choro e dificuldade de sair da cama. Entretanto, você apareceria nas buscas relacionadas à depressão de determinada região. (...) O Google apresenta uma tendência a expressar pensamentos inadequados, que as pessoas acham que não podem discutir com mais ninguém. (...) As buscas no Google são tendenciosas para assuntos que as pessoas se sentem mais incomodadas em falar. Homens podem se sentir mais confortáveis em dizer aos amigos sobre a falta de interesse sexual de suas namoradas do que as mulheres. (...) A maioria das pessoas nunca consideraria ter filhos como algo de que pudesse se arrepender. Mas algumas se arrependem. Elas não podem admitir isso para ninguém - exceto para o Google.

Seth Stephens-Davidowitz (Todo Mundo Mente; págs: 5, 21, 109, 111, 112 e 122)

30 de maio de 2021

ANSEIOS


A simples visão de um cigarro é suficiente para que o cérebro anseie por uma dose de nicotina. Se essa dose não chega, o anseio cresce até que o fumante, sem pensar, estenda a mão e pegue o cigarro. Ou pensemos no e-mail, por exemplo. Quando um computador toca um sininho ou um smartphone vibra com uma nova mensagem, o cérebro começa a antecipar a distração momentânea que abrir um e-mail proporciona. Essa expectativa, se não for satisfeita, pode se acumular até que uma reunião esteja cheia de executivos irrequietos conferindo seus BlackBerries vibrantes embaixo da mesa, mesmo sabendo que provavelmente são só os últimos resultados de um jogo de futebol virtual. (Por outro lado, se alguém desabilita o vibracall - e assim remove a deixa -, as pessoas conseguem trabalhar durante horas sem pensar em conferir sua caixa de entrada). Cientistas estudaram os cérebros de alcoólatras, fumantes e comedores compulsivos, e mediram como sua neurologia - as estruturas de seus cérebros e o fluxo de substâncias neuroquímicas dentro de suas cabeças - se altera conforme seus anseios se tornam arraigados. Hábitos especialmente fortes, escreveram dois pesquisadores da Universidade de Michigan, geram reações semelhantes às de vícios, de modo que “o desejo evolui para um anseio obsessivo” que pode forçar nossos cérebros a entrar em piloto automático, “mesmo diante de fortes desincentivos, incluindo perda de reputação, emprego, lar e família”. (...) “Não há nada programado em nossos cérebros que nos faça ver uma caixa de donuts e automaticamente querer algo doce”, Schultz me disse. “Mas uma vez que nosso cérebro aprende que uma caixa de donuts contém um açúcar delicioso e outros carboidratos, ele começa a antecipar o efeito do açúcar. Nossos cérebros nos impulsionam em direção à caixa. Então, se não comermos o donut, vamos nos sentir decepcionados.” (...) No entanto, esses anseios não têm plena autoridade sobre nós. (...) Há mecanismos que podem nos ajudar a ignorar as tentações. Mas para superar o hábito, precisamos reconhecer que anseio está acionando o comportamento. Se não temos consciência do prazer antecipado, então somos como os compradores que, como se atraídos por uma força invisível, acabam entrando na Cinnabon. (...) A maioria dos vendedores de comida instala seus quiosques em praças de alimentação, mas a Cinnabon tenta instalar suas lojas longe de outras lojas de comida. Por que? Porque os executivos da Cinnabon querem que o cheiro dos pãezinhos de canela se espalhe por corredores e cantos sem interferência, de modo que os compradores comecem a ansiar inconscientemente por um pãozinho.

Charles Duhigg (O Poder do Hábito; págs: 65, 67 e 68)

29 de maio de 2021

A ARTE DA GUERRA

Filipômenes, príncipe dos acaianos, entre os demais louvores que mereceu aos escritores, tem o de não haver pensado noutra coisa em tempos de paz senão nos modos de fazer a guerra. Quando andava pelas campinas com os amigos, detinha-se frequentemente a refletir com eles. Se os inimigos estivessem em cima daquela colina, e nós nos encontrássemos aqui, qual dos dois teria vantagem? Como poderíamos ir atacá-los mantendo as tropas ordenadas? Se nos quiséssemos retirar, como deveríamos proceder? Se fossem eles que se retirassem, qual a melhor forma de lhes seguirmos no encalço? E enquanto caminhava, ia-lhes apresentando todas as conjunturas em que se pode achar um exército: ouvia-lhes os pareceres, dizia o seu, ajuntando as razões. Assim, mercê dessa constante reflexão sobre a arte da guerra, ficou habilitado a resolver qualquer situação que durante as campanhas se lhe deparasse. Quanto, porém, ao estudo, deve o príncipe ler a História, meditar nas ações dos homens ilustres, examinar como se portaram nas guerras, investigar as causas das suas vitórias e derrotas, para fugir destas e obter aquelas. Releva-lhe, sobretudo, escolher entre os mais celebrados heróis da Antiguidade um modelo, cujas façanhas lhe estejam sempre vivas na memória. (...) São estas as regras que a um príncipe avisado convém observar. Em vez de permanecer ocioso durante os anos de paz, deve esforçar-se por acumular cabedais que lhe sejam úteis no infortúnio, a fim de, em mudando a sorte, estar preparado para resistir-lhe aos golpes.

Nicolau Maquiavel (O Príncipe; págs: 135, 136 e 137)

28 de maio de 2021

O AMOR


Terra firme? Não, nenhum relacionamento pode buscar isso. O que mata a relação entre duas pessoas é justamente a falta de desafios, a sensação de que nada mais é novidade. Precisamos continuar sendo uma surpresa um para o outro. Tudo começa com uma grande festa. Os amigos aparecem, o celebrante fala uma série de coisas que já repetiu nas centenas de casamentos que oficiou, como aquela ideia de construir uma casa na rocha, e não na areia, os convidados jogam arroz em nós. Jogamos o buquê, as mulheres solteiras nos invejam secretamente; as casadas sabem que estamos iniciando um caminho que não é o que lemos em contos de fadas. E então a realidade vai se instalando aos poucos, mas não aceitamos. Queremos que nosso parceiro permaneça exatamente aquela pessoa que encontramos no altar e com quem trocamos alianças. Como se pudéssemos parar o tempo. Não podemos. Não devemos. A sabedoria e a experiência não transformam o homem. O tempo não transforma o homem. A única coisa que nos transforma é o amor. Enquanto estava no ar, entendi que meu amor pela vida, pelo universo, era mais poderoso do que tudo. (...) Que eu tenha sempre claro que só o Amor Verdadeiro pode competir com qualquer outro amor deste mundo. Quando entregamos tudo, não temos mais nada a perder. E então desaparecem o medo, o ciúme, o tédio e a rotina, e resta apenas a luz de um vazio que não nos assusta, mas nos aproxima um do outro. Uma luz que sempre muda, e é isso que a torna bela, cheia de surpresas - nem sempre as que esperamos, mas aquelas com as quais conseguimos conviver. Amar abundantemente é viver abundantemente. Amar para sempre é viver para sempre. A vida Eterna está atrelada ao Amor. Por que queremos viver para sempre? Porque queremos conviver mais um dia com a pessoa que está ao nosso lado. Porque queremos continuar com alguém que mereça nosso amor, e que saiba nos amar como achamos que merecemos. Porque viver é amar. Até mesmo o amor por um animal de estimação - um cachorro, por exemplo - pode justificar a vida de um ser humano. Se ele não tiver mais este laço de amor com a vida, desaparece também qualquer razão para continuar vivendo. Busquemos primeiro o Amor, e todo o resto nos será acrescentado. (...) Aquele que sabe amar, ama a Verdade, alegra-se com a Verdade, não a teme, porque cedo ou tarde ela redime tudo. Busca a Verdade com uma mente limpa, humilde, sem preconceitos ou intolerância - e acaba satisfeito com o que encontra.

Paulo Coelho (Adultério; págs: 234, 235, 236, 237 e 238)

19 de maio de 2021

O CAMPO DA DERROTA NÃO ESTÁ POVOADO DE FRACASSOS


Meu prezado senhor,

Direi apenas algumas poucas palavras.

A vida fez de mim um homem bem familiarizado com as decepções.

Aos 23 anos, tentei um cargo na política e perdi. Aos 24, abri uma loja que não deu certo. Aos 32, tentei um negócio de advocacia com amigos, mas logo rompemos a sociedade. Ainda naquele ano, tive um grave colapso nervoso e passei um bom tempo no hospital. Com 45 anos, disputei uma cadeira no Senado e não ganhei. Aos 47, concorri à nomeação pelo Partido Republicano para a Eleição Geral e fui derrotado. Aos 49, tentei o Senado e fracassei novamente. Mas, aos 51 anos, finalmente, fui eleito presidente dos Estados Unidos da América.

Por isso, não venha me falar dificuldades, tropeços ou fracassos. Não me interessa saber se você falhou. O que me interessa é se você soube aceitar o tropeço. Todos os infortúnios que vivi me tornaram um homem mais forte, me ensinaram lições importantes. Aprendi a tolerar os medíocres; afinal, Deus deve amá-los, porque fez vários deles. Aprendi que os princípios mais importantes podem e devem ser inflexíveis. Aprendi que, quando se descobre que uma opinião está errada, é preciso descartá-la. Aprendi que a melhor parte da vida de uma pessoa está nas suas amizades. Aprendi que nunca se deve mudar de cavalo no meio do rio.

Se você está vivendo um momento temporário de fracasso, posso afirmar, com a certeza da minha maturidade, ou dolorida experiência, que você jamais falhará se estiver determinado a não fazê-lo. Por mais que você encontre dificuldades pelo caminho, não desista. Pois saiba que o campo da derrota não está povoado de fracassos, mas de homens que tombaram antes de vencer.

Sinceramente,

Abraham Lincoln

Carlos Domingos (Oportunidades Disfarçadas; págs: 9 e 10)

4 de maio de 2021

ACRESCENTAR ALGO AO FLUXO


Minha paixão foi construir uma empresa duradoura, onde as pessoas se sentissem incentivadas a fabricar grandes produtos. Tudo o mais era secundário. Claro, foi ótimo ganhar dinheiro, porque era isso que nos permitia fazer grandes produtos. Mas os produtos, não o lucro, eram a motivação. Sculley inverteu essas prioridades, de modo que o objetivo passou a ser ganhar dinheiro. É uma diferença sutil, mas acaba significando tudo: as pessoas que são contratadas, quem é promovido, o que se discute nas reuniões. Alguns dizem: "Deem aos consumidores o que eles querem". Não é assim que eu penso. Nossa tarefa é descobrir o que eles vão querer antes de quererem. Acho que Henry Ford disse certa vez: "Se eu perguntasse aos consumidores o que queriam, eles teriam dito: 'um cavalo mais rápido!'". As pessoas não sabem o que querem até que a gente mostre a elas. É por isso que nunca recorro a pesquisas de mercado. Nossa tarefa é ler coisas que ainda não foram impressas. Edwin Land, da Polaroid, falava sobre a interseção das humanidades com a ciência. Gosto dessa interseção. Há qualquer coisa de mágico aí. Há muitas pessoas que inovam, e essa não é a principal distinção da minha carreira. A razão do impacto da Apple sobre as pessoas é que há uma profunda corrente de humanidade em nossas inovações. Acho que grandes artistas e grandes engenheiros são parecidos, no sentido de que ambos desejam expressar-se. Na verdade, algumas das melhores pessoas que trabalhavam no Mac original eram poetas e músicos também. Nos anos 70, os computadores se tornaram uma forma de as pessoas expressarem sua criatividade. Grandes artistas, como Leonardo da Vinci e Michelangelo, eram grandes também na ciência. Michelangelo entendia muito de extração de pedras, não apenas de esculpir. As pessoas nos pagam para integrar coisas para elas porque não têm tempo para pensar no assunto 24 horas por dia, sete dias por semana. Se você tem uma paixão extrema por fabricar grandes produtos, ela o levará a integrá-los, a conectar seu hardware, seu software e o gerenciamento de conteúdo. Você vai querer desbravar caminhos, por isso terá de fazê-lo pessoalmente. Se permitir que seus produtos sejam acessíveis a outros hardwares ou softwares, vai ter que desistir de parte do seu ideal. Em diferentes momentos do passado, houve empresas que simbolizaram o Vale do Silício. Por muito tempo, foi a Hewlett-Packard. Depois, na era dos semicondutores, Fairchild e a Intel. Acho que a Apple foi por algum tempo, então isso passou.

E hoje acho que são a Apple e o Google - e a Apple um pouquinho mais. Acho que a Apple resistiu à passagem dos anos. Está aí há um bom tempo, mais ainda na vanguarda do que acontece. É fácil atirar pedras na Microsoft. Eles claramente perderam o domínio que tinham. Tornaram-se muito irrelevantes. Mas, apesar disso, sei valorizar o que fizeram, e como foi duro. Eram muito bons no lado comercial. Nunca foram ambiciosos no que diz respeito aos produtos, como deveriam ter sido. Bill gosta de se apresentar como homem de produtos, mas não é. Ele é homem de comércio. O sucesso comercial era mais importante do que fazer grandes produtos. Ele acabou se tornando o sujeito mais rico que existe e, se esse era seu objetivo, conseguiu o que queria. Mas nunca foi o meu, e tenho dúvida se, afinal, era o dele. Admiro-o pela empresa que construiu - é impressionante - e gostei de trabalhar com ele. É um homem brilhante e tem um bom senso de humor. Mas a Microsoft nunca teve as humanidades e as artes liberais em seu DNA. Mesmo quando viram o MAC, não conseguiram copiá-lo direito. Simplesmente não entenderam. Tenho minha própria teoria sobre a razão do declínio de empresas como a IBM e a Microsoft. A empresa faz um grande serviço, inova e torna-se um monopólio, ou quase isso, em alguma área, e depois a qualidade dos produtos torna-se menos importantes. A empresa começa a dar valor aos grandes vendedores, porque são eles que têm impacto nos rendimentos, não os engenheiros e os designers de produtos. Com isso, o pessoal de vendas acaba dirigindo a empresa. John Askers, da IBM, era um vendedor esperto, eloquente, fantástico, mas não entendia nada de produto. O mesmo aconteceu na Xerox. Quando o pessoal de vendas dirige a empresa, o pessoal de produtos deixa de ter importância, e muitos simplesmente perdem o interesse. Aconteceu isso na Apple quando Sculley veio para cá, e foi culpa minha, e aconteceu quando Ballmer assumiu a Microsoft. A Apple teve sorte e reagiu, mas acho que ninguém mudará a Microsoft enquanto Ballmer estiver no comando.

Odeio pessoas que se intitulam "empresários" quando na realidade o que estão tentando fazer é criar uma empresa para vendê-la, ou abrir o capital, ganhar dinheiro e seguir adiante. Não estão dispostas a fazer o que precisa ser feito para construir uma empresa de verdade, o trabalho mais duro que existe no mundo dos negócios. É assim que a gente dá uma contribuição real e acrescenta alguma coisa ao legado dos que vieram antes de nós. Constrói-se uma empresa que representará alguma coisa por mais uma ou duas gerações. Foi o que Walt Disney fez, e Hewlett e Packard fizeram, e também as pessoas que construíram a Intel. Elas criaram uma empresa para durar, não apenas para ganhar dinheiro. É o que quero para a Apple.

Não acho que eu gerencio espezinhando as pessoas, mas se algo não presta eu digo na cara. Minha tarefa é ser honesto. Sei do que estou falando e quase sempre tenho razão. Essa é a cultura que tentei criar. Somos brutalmente honestos uns com os outros, e qualquer pessoa pode dizer que sou um grande merda e eu também posso dizer-lhe o mesmo. Tivemos algumas discussões acaloradíssimas, em que berramos uns com os outros, e foram alguns dos melhores momentos que vivi. Sinto-me completamente à vontade para dizer: "Ron, essa loja está uma bosta" na frente de todo mundo. Ou posso dizer: "Minha nossa, nós realmente fizemos uma cagada com a engenharia disto aqui", na frente da pessoa responsável. É a condição para estar na sala: ter a capacidade de ser super-honesto. Talvez haja um jeito melhor, um clube de cavalheiros, onde todos usem gravatas, empreguem termos eruditos e falem em veludosas palavras-códigos, mas não é esse o meu jeito, porque sou um sujeito de classe média da Califórnia. Às vezes fui duro com as pessoas, talvez mais duro do que precisava. Lembro da época em que Reed tinha seis anos, eu indo para casa, tinha acabado de demitir alguém, e imaginei como aquela pessoa ia dizer à família e ao filhinho que tinha perdido o emprego. Era duro. Mas alguém precisava fazê-lo. Eu achava que era sempre tarefa minha assegurar a excelência da equipe e que, se eu não fizesse, ninguém o faria. Para inovar, é preciso ir em frente. Dylan poderia ter cantado canções de protesto a vida inteira, provavelmente ganhando muito dinheiro, mas não o fez. Tinha de seguir em frente, e por isso, ao usar guitarra elétrica em 1965, se indispôs com muita gente. Sua turnê na Europa em 1996 foi a melhor de todas. Ele chegava, tocava guitarra acústica e as plateias adoravam. Depois apareceu com o que seria The Band, e todos eles tocavam guitarra elétrica e as plateias às vezes vaiavam. Há um momento em que ele se prepara para cantar "Like a rolling stone" e alguém na plateia grita "Judas". E Dylan diz: "Toquem bem alto essa porra!". E eles tocam. Os Beatles também eram assim. Continuaram evoluindo, refinando sua arte. É o que sempre tentei fazer - seguir em frente. Do contrário, como diz Dylan, não estamos ocupados em nascer, estamos ocupados em morrer.

O que me incentivava? Acho que a maioria das pessoas criativas quer manifestar o seu apreço por ser capaz de tirar partido do trabalho feito por outros antes. Não inventei a língua ou a matemática que uso. Preparo pouco da comida que como, e nenhuma das roupas que visto. Tudo que faço depende de outros membros da nossa espécie e dos ombros sobre os quais ficamos em pé. E muitos de nós querem dar uma contribuição para nossa espécie também e acrescentar alguma coisa ao fluxo. Tem a ver com tentar expressar algo da única maneira que a maioria de nós é capaz de fazer - porque não somos capazes de escrever as canções de Bob Dylan, ou as peças de Tom Stoppard. Tentamos usar os talentos que temos para expressar nossos sentimentos profundos, para mostrar nosso apreço por todas as contribuições feitas antes de nós e para acrescentar algo ao fluxo. Foi isso que me motivou.

Steve Jobs

Walter Isaacson (Steve Jobs: a biografia; págs: 583, 584, 585 e 586)