11 de março de 2016

ADOLESCÊNCIA...

Anna Freud (...) diz "que é normal para o adolescente comportar-se durante um considerável período de tempo de modo imprevisível e inconsistente; lutar contra os impulsos e aceitá-los; livrar-se deles e ser dominado por eles; amar os pais e odiá-los; revoltar-se contra eles e depender deles; sentir-se profundamente envergonhado por reconhecer a mãe na frente dos amigos e, inesperadamente, desejar ter conversas íntimas com ela; esforçar-se para imitar e se identificar com outras pessoas enquanto procura incessantemente a própria identidade; ser mais idealista, artístico, generoso e desprendido do que jamais será pelo resto da vida, mas também o oposto: egocêntrico, egoísta, calculista. Essas flutuações entre extremos opostos seriam consideradas altamente anormais em qualquer outra época da vida. Na adolescência, podem significar apenas que leva muito tempo para aparecer a estrutura adulta da personalidade...".

Judith Viorst (Perdas Necessárias; pág: 154)

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