19 de junho de 2015

CONTRAOFERTA


Chaplin disse que queria mil dólares por semana por mais um ano de contrato, ao que Sennett protestou dizendo que era mais do que ele mesmo ganhava. Chaplin o lembrou que não era por causa do nome de Sennett que o público fazia filas nos cinemas, mas por causa dele. Sennett argumentou dizendo Ford Sterling já tinha se arrependido da decisão de sair da Keystone, ao que Chaplin respondeu que tudo o que ele precisava para fazer uma comédia era um parque, um policial e uma garota bonita. Sennett, aparentemente, pediu conselhos a Kessel e Baumann, e retornou com uma contraoferta. Ele ofereceu um ano de contrato, com salário de 500 dólares por semana no primeiro ano, 750 dólares por semana no segundo ano e 1500 dólares no terceiro ano de contrato. Chaplin disse que concordaria se os termos fossem invertidos: 1500 dólares no primeiro ano, 750 no segundo e 500 no terceiro ano de contrato. Evidentemente perplexo com a percepção econômica de Chaplin, Sennett deixou o assunto morrer.

David Robinson (CHAPLIN - Uma biografia definitiva; págs: 128 e 129)

Nenhum comentário: