Mais engraçado que um homem que fez papel ridículo é o homem que, tendo algo engraçado lhe acontecido, recusa-se a admitir que algo fora do comum tenha ocorrido, tentando manter a dignidade. Talvez o melhor exemplo seja o homem embriagado que, embora denunciado pelo seu falar e andar, tenta, dignamente, nos convencer de que está sóbrio. Ele é ainda mais engraçado que o homem que, tremendamente hilário, está francamente bêbado e não dá a mínima se alguém sabe disso. Os personagens bêbados no teatro são quase sempre "ligeiramente bêbados", e tentam manter a dignidade, porque os gerentes teatrais aprenderam que essas tentativas de dignidade são engraçadas.
Artigo de Charlie Chaplin na American Magazine.
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