Ele [Marc Keuschnigg] havia estudado vendas de livros em detalhe, tentando encontrar o segredo de como fazer um best-seller. Ele concordou comigo que uma grande parte da explicação do sucesso ou não de um livro está no quanto ele foi “também gostaram” na Amazon. Mas nem todos os livros e autores são iguais. “Há uma grande diferença entre estreantes e autores estabelecidos. São exatamente os estreantes que estão mais suscetíveis ao efeito dos pares”, ele me disse. “Quando as pessoas não têm informação sobre qual livro comprar, elas pesquisam para verificar o que seus pares compraram.”
Marc estudou vendas de ficção alemã em livrarias de 2001 a 2006, pouco antes de a Amazon se tornar dominante no mercado, e descobriu que, se um novato entrava na lista dos mais vendidos, então suas vendas eram impulsionadas em 73% na semana seguinte. A visibilidade em estar nas 20 primeiras posições aumentava ainda mais as vendas. A visibilidade em listas de mais vendidos era apenas parte da história. Outro fator que ajudou os estreantes eram as avaliações ruins na imprensa. Sim, é isso mesmo, não avaliações boas, mas ruins. Uma avaliação negativa em um jornal ou revista produzia normalmente 23% de aumento nas vendas para livros escritos por romancistas de primeira viagem. Avaliações positivas, por outro lado, não surtiam qualquer efeito. Marc me disse: “Há um alto risco de que as listas de best-sellers contenham, em sua maioria, livros medianos e de qualidade ruim.”
Marc me mostrou uma análise que ele havia feito relacionando vendas a avaliações on-line. Quanto mais exemplares um livro vendia, menos estrelas ele recebia na Amazon. Esta pode muito bem ser uma forma de vingança de leitores desapontados. Eles veem um livro escalar as listas, ou aparecer em uma relação de “também gostaram”, e são persuadidos a comprá-lo. Quando percebem que o livro é chato, descontam sua frustração atribuindo-lhe uma pontuação ruim na Amazon. Parece que os leitores nunca aprendem: ignoramos as avaliações e seguimos o público. Só depois que o público se engana é que as avaliações começam a refletir a qualidade do livro. Do meu ponto de vista, o papel do “também gostaram” na distorção da qualidade dá um gosto amargo ao sucesso.
David Sumpter (Dominados Pelos Números; págs: 125 e 126)
Marc estudou vendas de ficção alemã em livrarias de 2001 a 2006, pouco antes de a Amazon se tornar dominante no mercado, e descobriu que, se um novato entrava na lista dos mais vendidos, então suas vendas eram impulsionadas em 73% na semana seguinte. A visibilidade em estar nas 20 primeiras posições aumentava ainda mais as vendas. A visibilidade em listas de mais vendidos era apenas parte da história. Outro fator que ajudou os estreantes eram as avaliações ruins na imprensa. Sim, é isso mesmo, não avaliações boas, mas ruins. Uma avaliação negativa em um jornal ou revista produzia normalmente 23% de aumento nas vendas para livros escritos por romancistas de primeira viagem. Avaliações positivas, por outro lado, não surtiam qualquer efeito. Marc me disse: “Há um alto risco de que as listas de best-sellers contenham, em sua maioria, livros medianos e de qualidade ruim.”
Marc me mostrou uma análise que ele havia feito relacionando vendas a avaliações on-line. Quanto mais exemplares um livro vendia, menos estrelas ele recebia na Amazon. Esta pode muito bem ser uma forma de vingança de leitores desapontados. Eles veem um livro escalar as listas, ou aparecer em uma relação de “também gostaram”, e são persuadidos a comprá-lo. Quando percebem que o livro é chato, descontam sua frustração atribuindo-lhe uma pontuação ruim na Amazon. Parece que os leitores nunca aprendem: ignoramos as avaliações e seguimos o público. Só depois que o público se engana é que as avaliações começam a refletir a qualidade do livro. Do meu ponto de vista, o papel do “também gostaram” na distorção da qualidade dá um gosto amargo ao sucesso.
David Sumpter (Dominados Pelos Números; págs: 125 e 126)
Nenhum comentário:
Postar um comentário