Estamos desenvolvendo algoritmos para reconhecer rostos, entender idiomas e aprender nossas preferências musicais. Estamos construindo assistentes pessoais e chatbots (interfaces conversacionais) que o ajudam a consertar seu computador. Estamos prevendo os resultados de eleições e de competições esportivas. Estamos encontrando o par perfeito para pessoas solteiras ou ajudando-as a conferir todas as possibilidades disponíveis. Estamos tentando veicular as notícias mais relevantes para você no Facebook e no Twitter. (...) O Facebook também está procurando maneiras de medir seu estado de espírito a partir de suas publicações, suas emoções a partir de suas expressões faciais em fotografias e seu nível de envolvimento a partir da sua taxa de interação com a tela. Por exemplo, a velocidade com a qual os usuários movem seu mouse durante uma tarefa rotineira no computador pode revelar o conteúdo emocional do que eles estão vendo na tela. Esses avanços sugerem um futuro em que o Facebook monitora cada uma de nossas emoções e continuamente nos manipula em nossas escolhas como consumidores, nossos relacionamentos e nossas oportunidades de trabalho. (...) Estamos nos certificando de que você encontre os melhores pacotes de viagens e voos promocionais. (...) Você está permitindo que sua personalidade seja tratada como um ponto em centenas de dimensões, que suas emoções sejam enumeradas e que seu comportamento futuro seja modelado e previsto.
David Sumpter (Dominados Pelos Números; págs: 13 e 44)
O Facebook pode saber que você é um dos vários fãs de M&Ms e mandar ofertas de acordo com o seu gosto. Ele também sabe quando você terminou com o namorado, mudou-se para o Texas, começou a aparecer em várias fotos com o ex e voltou a namorá-lo. O Google sabe quando você está procurando um carro novo e pode mostrar a marca e o modelo pré-selecionados apenas pelo seu psicográfico. É uma pessoa do tipo B socialmente consciente, do sexo masculino, entre 25 e 34? Aqui está o seu Subaru. O Google também sabe se você é gay, está com raiva, é solitário, racista ou teme que a mãe esteja com câncer. Twitter, Reddit, Tumblr, Instagram, todas essas empresas são, acima de tudo, negócios, mas também são demógrafas em um alcance, em uma precisão e importância sem precedentes. Quase por acidente, os dados digitais agora podem mostrar como brigamos, amamos, envelhecemos, quem somos e como estamos mudando. Basta olhar: afastando-se apenas um pouco, os dados revelam o comportamento das pessoas quando acham que ninguém está olhando.
Christian Rudder (Dataclisma; pág: 12)
Christian Rudder (Dataclisma; pág: 12)
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