Entre todas as áreas subdesenvolvidas, as primeiras a realizar o salto poderiam ser áreas como o sul da Itália ou como parte do Brasil, materialmente pobres mas culturalmente ricas. Não têm dinheiro, mas já absorveram ideias do rádio, da televisão, da universidade. O Vale do Silício, na Califórnia, tinha uma condição parecida no passado, quando era uma área deprimida economicamente, mas próxima de grandes centros universitários como os de San Diego ou Santa Barbara: seus jovens eram pobres, mas diplomados em Informática ou Biologia. O Vale do Silício passou, em poucos anos, do rural ao pós-industrial, sem jamais ter sido industrial e, portanto, sem ter tido que enfrentar, vencer e superar a cultura industrial e suas resistências às mudanças. E tornou-se uma área riquíssima.
Na sociedade industrial, o poder dependia da posse dos meios de produção (fábricas). Na sociedade pós-industrial, o poder depende da posse dos meios de ideação (laboratórios) e de informação (comunicação de massa). A América é potente não porque possua a Ford ou a Microsoft, mas porque possui universidades, laboratórios de pesquisa, o cinema e a CNN. A Microsoft é muito mais importante pela sua pesquisa do que pela sua produção.
Na sociedade industrial, o poder dependia da posse dos meios de produção (fábricas). Na sociedade pós-industrial, o poder depende da posse dos meios de ideação (laboratórios) e de informação (comunicação de massa). A América é potente não porque possua a Ford ou a Microsoft, mas porque possui universidades, laboratórios de pesquisa, o cinema e a CNN. A Microsoft é muito mais importante pela sua pesquisa do que pela sua produção.
Domenico de Masi (O Ócio Criativo; pág: 134 e 136)
Nenhum comentário:
Postar um comentário