12 de agosto de 2015

O EFEITO ZAPPING

Desde que a TV a cabo multiplicou as opções de programação, o efeito zapping já fez que o consumidor não fique mais parado nos canais. (...) No caso da internet, essa tendência não só foi maximizada, mas também causou reviravolta no mercado. (...) Em primeiro lugar, multiplicaram-se por milhares as opções de conteúdo; depois, desapareceu a figura intermediária do veículo. Na net o consumidor relaciona-se diretamente com a marca pelos diversos canais que esta disponibilizada: seu site, redes sociais, microblogs, hotsite... Além disso, existem comunidades contra marcas e produtos ou a favor deles, que as empresas tentam monitorar e influenciar positivamente. O segundo fator fundamental é que, na internet, o consumidor tem voz. Se na mídia tradicional ele recebia em silêncio a mensagem, ou no máximo mudava de canal, agora ele tem voz ativa, se expressa e é ouvido cada vez mais atentamente, em especial nas redes sociais. O terceiro fator dessa mudança radical é o conteúdo. Na internet as pessoas buscam conteúdo que as atraia, e o fornecimento deste é de responsabilidade das empresas, ou de quem essas empresas contratarem para gerenciar sua comunicação digital. Assim, aquela função anterior que era de responsabilidade do veículo, a produção de conteúdo, passa a ser da empresa. Cabe a ela tornar-se interessante para o consumidor e a grande habilidade está em saber contar histórias, ser envolvente, navegar em um universo relacionado aos valores da marca sem incitar o consumo, sem cair direto na oferta. Porque na internet, como no mercado físico, existem dois momentos: o da construção da marca e o do varejo, da oferta; e nem todo mundo compreendeu isso.

Celso Figueiredo (Redação Publicitária; Sedução Pela Palavra; pág; 134)

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