Ao sistema midiático cuja centralidade é indiscutível na sociedade contemporânea, graças à tecnologias (novas e tradicionais). Ubíquo e onipresente é este sistema, capaz de impor um “presente contínuo”, graças ao advento dos meios digitais que tornaram o “aqui e agora” instâncias essenciais à constituição dos sentidos sociais. O sistema midiático, considerado como o universo que incorpora o território material e simbólico de todos os meios de comunicação de massa e suas ramificações hibridizantes, está, a toda hora, e em todo lugar, na vida do indivíduo. (...) A chuva de ouro que fecunda a sociedade de consumo é formada pelos fluxos comunicacionais que carregam grandes, pequenos e microdiscursos, de ontem e de hoje, que se misturam, se fundem, se aglutinam ou se repelem. no âmbito desse universo discursivo, que se faz e se refaz a cada instante, embaralhando signos e mudando seus sentidos conforme o domínio e o contexto em que transitam, a publicidade se destaca, não apenas por “patrocinar” os mass media, mas por ter se transformado na metamercadoria - a mercadoria que divulga as demais mercadorias. (...) Essa mistura de discursos é permeada pelo apagamento de fronteiras entre ficção e realidade.
João Anzanello Carrascoza (Estratégias Criativas da Publicidade; págs: 7 e 8)
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