Não é possível entender as comunicações nem a indústria cultural norte-americana ou global sem compreender o conglomerado. (...) O conglomerado é a forma organizacional dominante nas indústrias da informação do final do século XX e começo do XXI. (...) O conglomerado pode ser o pior inimigo ou o melhor amigo da economia cultural. Com uma capitalização robusta, oferece às indústrias de informação estabilidade financeira e um grande potencial de liberdade para explorar projetos de risco. Mas, apesar dessa promessa, o conglomerado pode também ser um feitor sufocante e avarento, obcecado em maximizar o potencial de receita e de fluxo de sua propriedade intelectual. No seu pior aspecto, essa organização pode levar a lógica da produção cultural de massa a qualquer extremo de banalidade, desde que pareça financeiramente viável, remetendo ao que Aldous Huxley previu em 1927: uma máquina que aplica "todos os recursos da ciência para que a imbecilidade floresça".
Tim Wu (Impérios da Comunicação; pág: 264)
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