As estações perderam suas características de distinção, e assim também aconteceu com as diferenças entre noite e dia, verão e inverno. À medida que o céu noturno se tornava menos importante, a Lua também diminuía sua influência sobre as atividades humanas. Trabalho e lazer, cidade e campo deixaram de proporcionar esses contrastes. No imenso espaço de tempo em que predominaram os caçadores e agricultores, as estações foram de extrema importância. O verão e o inverno, a primavera e o outono determinavam o que as pessoas comiam, as cerimônias de que participavam, os confortos e dificuldades de suas vidas cotidianas. (...) A escuridão mantinha as pessoas dentro das cavernas, em seus abrigos nas árvores, em suas cabanas ou casas de fazenda. O medo de animais selvagens também servia de incentivo para ficarem dentro de casa ou próximos à luz protetora de uma fogueira. A noite estava ligada ao sinistro. Dizia-se que o diabo conduzia orgias e as bruxas voavam em suas vassouras no meio da noite.
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