O Islã não dava trégua; havia somente um Deus, e Alá era seu nome. A maioria de seus pregadores se opunha à profanação, ao consumismo, ao materialismo e ao que viam como uma cultura cada vez mais atordoada e ímpia em Nova York, Paris, Moscou e Cingapura. Dentro do Islã, os extremistas eram evidentes. Eram totalmente opostos ao judaísmo e ao cristianismo. Denunciavam o mundo ocidental secularizado como decadente e extremamente permissivo e tolerante. Por sua vez, eram denunciados como retrógrados e extremamente intolerantes.
Geoffrey Blainey (Uma Breve História do Mundo; pág: 337)
Em 1893, os muçulmanos representavam cerca de 12% da população global; exatamente um século mais tarde, esse índice havia chegado aos 18%. Era a segunda religião em número de fiéis, maior que o número de hinduístas e budistas somados. Os cristãos ainda eram mais numerosos, com um terço da população do planeta, mas sua liderança estava sob ameaça.
Professores e pregadores muçulmanos militantes faziam o recrutamento dos terroristas. Na década de 1980, os escolhidos foram para o Afeganistão, para ajudar na expulsão dos invasores soviéticos ateus. Quando a guerra do Afeganistão acabou, o ódio foi direcionado contra os norte-americanos: cristãos, apoiadores de Israel e disseminadores de uma cultura materialista que seduziu os jovens muçulmanos. Um desses recrutas era Osama Bin Laden.
Geoffrey Blainey (Uma Breve História do Século XX; págs: 296 e 300)
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