11 de dezembro de 2018

O PODER DA ESCOLHA

As pessoas comuns também tinham algum nível bem elementar de poder, pois sempre puderam publicar conteúdo de forma amadora, virar as páginas, mudar a estação ou trocar de canal com o controle remoto. O que a internet fez foi elevar esse poder a um patamar jamais imaginado de escolhas e de divulgação de conteúdos próprios. (...) É justamente essa transferência do poder de decisão sobre o que consumir que deu forças aos espectadores. Porque além de ter muito mais opções de escolhas, agora o usuário exige uma experiência de consumo muito mais rica do que antigamente. (...) O novo consumidor é ativo, tem iniciativas e dispõe de ferramentas para buscar as informações sobre produtos e serviços quando, onde e como desejar. (...) Muitas vezes as informações obtidas sobre os bens que deseja adquirir não vêm da marca ou da empresa fabricante, mas de outros consumidores que publicam reviews em blogs ou vídeos. (...) Com o novo modelo, o mass media perde seu poder de impactar milhões de pessoas de uma única vez. O poder conquistado pelo usuário e a exigência de uma boa experiência de consumo obrigaram as marcas a abandonar a comunicação em massa para adotar o relacionamento segmentado.

Tércio Strutzel (Presença Digital; págs: 5 e 7)

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