1 de junho de 2021

CAPITAL INTELECTUAL

Da esquerda pra direita: Tony Fadell, Jon Rubinstein, Jony Ive, Steve Jobs e Phil Schiller

O conhecimento é mais valioso e poderoso do que os recursos naturais, ativos financeiros ou imobilizados. As corporações mais bem-sucedidas são as que detém as informações mais privilegiadas e que sabem controlá-las de maneira mais eficaz. O capital intelectual é intangível, basicamente ele representa a soma do conhecimento de todos os colaboradores dentro de uma organização. (...) O diferencial entre as empresas não são mais as máquinas utilizadas no processo produtivo da Era Industrial, mas sim o conhecimento coletivo gerado e adquirido, as habilidades criativas, os valores, atitudes e motivação das pessoas que as integram, o grau de satisfação dos clientes e a quantidade de informação gerada e compartilhada. (...) Thomas A. Stewart, no livro Capital Intelectual: a Nova Vantagem Competitiva das Empresas trata deste assunto com muita competência e divide o Capital Intelectual em três vertentes:

Capital Humano: é a fonte de inovação e renovação. As pessoas geram capital para a empresa por meio de sua competência, sua atitude e sua capacidade para inovar. Constitui o capital humano o conhecimento acumulado, a habilidade e experiências dos funcionários para realizar as tarefas do dia a dia, os valores, a cultura, a filosofia da empresa, e diversos ativos intangíveis, ou seja, as pessoas que são os ativos humanos da empresa. A principal estratégia da empresa será de atrair, reter, desenvolver e aproveitar ao máximo o talento humano;

Capital Estrutural: compreende os ativos intangíveis relacionados com a estrutura e os processos de funcionamento interno e externo da organização que apoiam o capital humano, ou seja, tudo o que permanece na empresa quando os empregados vão para casa. O capital estrutural pertence à empresa, portanto é constituído de tecnologias, invenções, dados, publicações. Uma rápida distribuição do conhecimento, o aumento do conhecimento coletivo, menores tempos de espera, profissionais mais produtivos, estes são os motivos para se gerenciar o capital estrutural. Os bancos de dados de conhecimento são uma das melhores formas de aumentar o capital estrutural ao acumular lições aprendidas, checklists do que deu certo e do que deu errado;

Capital do Cliente: é definido como o valor dos relacionamentos contínuos da empresa com as pessoas e organizações para as quais vende. O conhecimento é o principal ingrediente do capital do cliente. Um dos princípios da gerência do capital intelectual é o fato de que, quando a informação é poder, o poder flui na direção do cliente em benefício deste. Por isso, toda inovação bem-sucedida deve se direcionar ao relacionamento com os clientes.

Da mesma forma que a informação e o conhecimento se tornaram peças-chave para estabelecer vantagens competitivas para empresas, a regra também se aplica a pessoas e instituições. Obviamente em um âmbito mais restrito, o capital Intelectual pode e deve ser utilizado por empreendedores e profissionais que desejam se destacar no mercado. A produção intelectual é a ponta visível do iceberg do conhecimento e deve ser tanto potencializada quanto bem compartilhada para que o capital intelectual seja percebido e, assim, proporcione autoridade a seu detentor.

Tércio Strutzel (Presença Digital; págs: 50, 51 e 52)

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