Em 1997, preparando-se para a proibição da publicidade de cigarros que estava para ser adotado no Reino Unido, a Silk Cut, uma marca britânica de cigarros, começou a posicionar a logomarca sobre um fundo de seda roxa em todos os anúncios veiculados. Logo os consumidores associaram aquela faixa de seda roxa à logomarca da Silk Cut e, no final, à própria marca. Então, quando a proibição dos anúncios de cigarros entrou em vigor e a logomarca não pôde mais ser usada em anúncios ou pôsteres, a empresa simplesmente criou outdoors nas estradas que não diziam uma palavra a respeito da Silk Cut ou de cigarros; eles simplesmente exibiam faixas de seda roxa sem logomarca alguma. Sabe o que aconteceu? Logo depois, uma pesquisa revelou que assombrosos 98% dos consumidores identificavam aqueles outdoors como algo relacionado à Silk Cut, embora a maioria não soubesse dizer exatamente por quê. Muito mais poderosas do que qualquer logomarca de cigarros são as imagens associadas ao ato de fumar. (...) Associações cuidadosamente construídas que a indústria do tabaco estabeleceu ao longo das últimas décadas.
Martin Lindstrom (A Lógica do Consumo; págs: 79 e 80)
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