Quando os pensamentos surgem, a ideia não é tentar eliminá-los nem analisá-los, mas simplesmente perceber que eles surgiram e experimentar, tanto quanto possível, as sensações do corpo. Quando você faz isso regularmente, dia após dia, começa a ver como seus pensamentos são efêmeros, e torna-se também extremamente consciente das sensações de seu corpo e do que está acontecendo ao seu redor - o som do tráfego a distância, o cheiro das flores no quarto. Com o tempo, os pensamentos se acalmam, primeiro por alguns segundos, depois por mais tempo, e a pessoa experimenta momentos de apenas ser, sem a mente ficar no caminho. (...) De acordo com Suzuki, a concentração não é obtida fazendo força para focalizar em alguma coisa, mas sim mantendo a mente aberta e voltada para nada em especial. "Concentração significa liberdade", escreve ele em Mente zen, mente principiante. "Na prática do zazen, dizemos que a mente deve estar concentrada na respiração, mas a forma de manter a mente prestando atenção à respiração é esquecer tudo a seu próprio respeito, e apenas sentar e sentir a respiração. Se você se concentrar na respiração, esquece-se de si mesmo, e se esquecer de si mesmo, concentra-se na respiração."
Phil Jackson e Hugh Delehanty (Cestas Sagradas; Pág: 56)
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