9 de março de 2019

COMO UM DÉJÀ-VU [VISUALIZAÇÃO]

Para me treinar a ficar relaxado e ao mesmo tempo completamente alerta, comecei a praticar visualização. Sentava-me calmamente por quinze ou vinte minutos antes do jogo. E criava um filme em minha mente sobre o que ia acontecer. Criava imagens do homem que tinha que marcar, e visualizava a mim mesmo marcando seus movimentos. Essa era a primeira parte. O próximo passo, bem mais fácil, era não tentar forçar as jogadas, depois que o jogo começasse, mas permitir que se desenrolasse naturalmente. Jogar basquete não é um processo de pensamento linear: "Muito bem, quando Joe Blow fizer aquele passinho lateral dele, eu pulo, e faço minha versão de defesa do Bill Russell." [Tinham que ter confiança suficiente em si mesmos para tomarem suas próprias decisões. Isso nunca aconteceria se estivessem sempre seguindo as minhas diretrizes. Queria que se desligassem de mim, para que pudessem se ligar aos colegas e ao jogo. p104] A ideia era codificar a imagem de uma jogada bem-sucedida dentro de minha memória visual, para que, quando uma situação similar ocorresse, parecesse, parafraseando Yogi Berra, como um déjà-vu. Para ter sucesso, eu precisava desmontar o movimento em partes, na minha cabeça, pedaço por pedaço, tentando ficar com a mente clara, para que quando ele finalmente fizesse o movimento eu pudesse reconhecer a hora certa, e fazer a minha parte.

Phil Jackson e Hugh Delehanty (Cestas Sagradas; Págs: 47, 48 e 104)

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