A maior qualidade da linguagem consiste na clareza, sem vulgaridade. (...) Nobre e elevada é a que emprega termos raros. Denomino termos raros os metafóricos, os alongados, e todos os que fogem aos de uso corrente. (...) Expressões, por não pertencer à linguagem usual, conferem nobreza ao estilo. (...) Mais cuidado deve se tomar com o uso de metáforas, uma vez que estas não se aprendem; ao contrário, indicam dom natural; servir de belas metáforas é saber distinguir as semelhanças. (...) A particularidade do enigma é falar coisas certas reunindo termos absurdos, o que não se dá com a combinação de vocábulos correntes e sim com o emprego de metáforas, como em "vi um homem colando bronze no outro, com fogo" e outras construções semelhantes.
Aristóteles (Poética; págs: 65, 66 e 67)
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