19 de julho de 2019

UM OFERECIMENTO NETFLIX


A Netflix percebeu algo estranho nos dados. Os usuários enchiam suas listas com inúmeros filmes. Mas dias depois, quando eram notificados, raramente clicavam no link. Qual era o problema? Pergunte aos usuários a quais filmes planejam assistir dentro de alguns dias e eles lotarão a lista com filmes cultos e inspiradores como documentários em preto e branco sobre a Segunda Guerra Mundial ou filmes “cabeça” estrangeiros. Alguns dias depois, porém, eles preferem assistir aos mesmos filmes a que costumam assistir: comédias bobas ou filmes românticos. As pessoas mentiam para si mesmas reiteradamente. Diante dessa disparidade, a Netflix parou de perguntar aos usuários ao que queriam assistir no futuro e começou a criar um modelo baseado em milhões de cliques e visualizações de clientes semelhantes. A empresa começou a oferecer aos usuários listas de filmes sugeridos com base não no que alegavam gostar, mas no que os dados disseram que gostariam de assistir. O resultado: os clientes visitavam o site da Netflix com mais frequência e assistiam a mais filmes.
 
"Os algoritmos conhecem você melhor do que você mesmo", diz Xavier Amatriain, ex-cientista de dados da Netflix

Seth Stephens-Davidowitz (Todo Mundo Mente; pág: 155)




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