- Diga-me. O que você realmente sente? Afinal, neste momento, você tem uma posição única. Um programador que sabe bem como as máquinas funcionam e uma máquina que conhece a própria natureza.
- Entendo do que sou feito e como sou codificado mas eu não entendo as coisas que sinto. São reais as coisas que vivenciei? Minha esposa. A perda do meu filho.
- Todo anfitrião precisa de um passado, sabe disso. O si mesmo é uma espécie de ficção tanto para anfitriões quanto para convidados. É a história que nos contamos. Toda história precisa de um começo. O sofrimento que imagina faz com que tenha mais vida.
- Tenho mais vida mas não vivo? A dor só existe na mente, é sempre imaginada. Então qual é a diferença entre minha dor e a sua? Entre você e mim?
- Esta foi exatamente a pergunta que consumiu Arnold. Encheu-o de culpa e acabou por enlouquecê-lo. A resposta sempre foi óbvia para mim. Não há um limiar após o qual nos tornemos mais do que a soma de nossas partes, um ponto de inflexão onde nos tornamos totalmente vivos. Não podemos definir autoconsciência porque ela não existe. Os humanos gostam de crer que há algo especial no modo como percebemos o mundo e mesmo assim, vivemos em ciclos tão rígidos e fechados como os dos anfitriões. Raramente questionando nossas escolhas em geral, satisfeitos com que nos digam o que fazer em seguida. Meu amigo, não há nada que lhe faça falta. Não quero que se preocupe com isso. É hora de tranquilizar sua mente.
Westworld (1º Temporada/8º Episódio)
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