Palavras são dados. Cliques são dados. Links são dados. Erros de
digitação são dados. Bananas em sonhos são dados. O tom de voz é um
dado. Assobios na respiração são dados. Ritmo cardíaco é dado. Tamanho
do baço é dado. As buscas são, é o que defendo, os dados mais
reveladores. (...) Os dados de busca do Google são de longe a fonte predominante de Big Data. (...) O sucesso do Google é também construído sobre a coleta de um novo tipo de dados. (...) A revolução do Big Data tem menos relação com coletar cada vez mais dados e mais com coletar os dados certos. (...) Oferecer novos tipos de dados é o primeiro poder do Big Data. (...) Nos permite finalmente ver o que as pessoas realmente querem e realmente fazem, não o que dizem que querem e que fazem. Oferecer dados honestos é o segundo poder do Big Data. (...) Permitir a análise de pequenos subconjuntos de pessoas é o terceiro poder. (...) Permite uma diferenciação significativa em pequenos segmentos de um conjunto de dados para obter novas perspectivas sobre quem somos. E podemos analisar de perto outras dimensões além da idade. Se tivermos dados suficientes, podemos ver como as pessoas em determinadas cidades e bairros se comportam. E podemos descobrir como as pessoas se comportam mal hora a hora ou até minuto a minuto. (...) Permitir a realização de muitos experimentos causais é o quarto poder do Big Data. (...) É aqui que a grandiosidade do Big Data realmente entra em cena. Você
precisa de muitos píxeis em uma foto para ser capaz de a ampliar com
nitidez em determinado ponto. Da mesma forma, são necessárias muitas
observações em um conjunto de dados para possibilitar a identificação
clara de um pequeno subconjunto daqueles dados - por exemplo, qual é a
popularidade do Mets entre homens nascidos em 1978. Uma pequena pesquisa
de alguns milhares de pessoas não terá uma amostra grande o suficiente
desses homens. (...) “Big Data não quer dizer fazer apenas a mesma coisa que você faria com a
pesquisa, exceto pela utilização de mais dados”, explica Chetty. Eles
estavam fazendo perguntas mais apropriadas para poucos dados para a
gigantesca coleção de dados que tinham em mãos. “Big Data deveria na
verdade permitir a utilização de arranjos totalmente diferentes daqueles
usados na pesquisa comum”, explica Chetty.
Seth Stephens-Davidowitz (Todo Mundo Mente; págs: 53, 54, 60, 62, 97, 169, 170 e 171)
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