Hoje, existe quase um consenso entre os especialistas de que as duas modalidades têm níveis de segurança semelhantes. O maior risco dos dois esportes no curto prazo são as concussões cerebrais e os traumas de crânio. Não há um estudo definitivo sobre o tema, mas alguns médicos sugerem que a longo prazo os danos acumulados no boxe podem ser maiores. Desferidos com luvas mais leves, de 112 e 124 gramas, os golpes no MMA provocam ferimentos mais profundos e sangrentos, mas que normalmente logo derrubam um dos lutadores. A luva mais pesada do boxe, de trezentos a seiscentos gramas, permite uma troca de socos bem mais longa, sem que o adversário vá a nocaute. Uma sequência repetida de traumatismos - em um combate que dura, em média, três vezes mais que uma luta de MMA - pode causar ao longo do tempo danos cerebrais irreversíveis. Só para ficar no caso mais famoso, Muhammad Ali convive há anos com o mal de Parkinson. O problema é que, para efeito de comparação, ainda não há um número considerável de ex-lutadores de MMA acima dos sessenta anos para se ter certeza de que eles não terão sequelas semelhantes.
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