Há o amor segundo Aristóteles ou Spinoza: "Eu te amo: és a causa da minha alegria, e isso me regozija."
Há o amor segundo Simone Weil ou Jankélévitch: "Eu te amo como a mim
mesmo, que não sou nada, ou quase nada, eu te amo como Deus nos ama, se é
que ele existe, eu te amo como qualquer um: ponho minha força a serviço
da tua fraqueza, minha pouca força a serviço da tua imensa
fraqueza..."
Eros, philia, agapé: o amor que toma, que só sabe
gozar ou sofrer, possuir ou perder; o amor que se regozija e
compartilha, que quer bem a quem nos faz bem; enfim, o amor que aceita e
protege, que dá e se entrega, que nem precisa mais ser amado...
Eu te amo de todas essas maneiras: eu te tomo avidamente, eu
compartilho alegremente tua vida, tua cama, teu amor, eu me dou e me
abandono suavemente... Obrigado por ser o que és, obrigado por existir e
por me ajudar a existir!
André Comte-Sponville
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