Não tenho medo de não atingir metas, conquistar grandes objetivos, chegar ao topo de uma carreira, seja ela qual for. Não tenho medo de ser pobre, de não ter uma casa grande e luxuosa num bairro nobre da cidade, ou não ter um carrão do ano na garagem. Não tenho medo de não ser um cara famoso, influente, importante, admirado ou invejado. Não tenho medo de não ter um emprego que pague tubos de dinheiro, me dê estabilidade e me permita comprar o que quiser sem me pesar tanto no final do mês. Não tenho medo de ficar só, sentir-me abandonado ou não ter pessoas que gostem de mim de verdade. Não tenho medo de enfrentar a crítica dos que discordam das minhas ideias e do meu modo de pensar, do meu estilo de vida e do meu jeito de viver. Não tenho medo de me sentir atrasado ou parado no tempo/espaço da evolução tecnológica. Não tenho medo de ficar sem dinheiro, perder tudo o que tenho investindo em um sonho ou mesmo comprando velharias. Não tenho medo de ser taxado de progressista ou reacionário, louco, estranho ou idealista inveterado. Não tenho medo de mudar e errar e voltar atrás e errar de novo e voltar mais atrás ainda. Não tenho medo de ser intelectualmente pobre e ignorante diante de todo o conhecimento que existe. Não tenho medo de não ser sábio frente aos meus iguais, nem tenho medo de ser o menor entre os pequenos. Não tenho medo de começar do zero, recomeçar ou desistir. Não tenho medo de ser apagado da história e morrer tão desconhecido quanto fui no dia em que eu nasci. Por fim, não tenho medo de saber que eu talvez devesse ter medo de tudo isso. Mas eu tenho um medo. Sim, disso eu realmente tenho medo: de ser infeliz. É isso, é disso que eu tenho medo.
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