01: "Quem sou eu para mudar as coisas aqui nessa empresa?"
Com uma cultura e uma estrutura muito mais fortes, não há o que fazer para resolver os problemas. Assim, sob este pensamento, o profissional se apequena por acreditar, de antemão, estar de mãos atadas. “O impacto deste modelo mental consiste em profecia autorrealizável. Quem a profere dá um jeito de atingir o resultado que já era a sua expectativa”, diz Curi. Isso porque, o profissional fica na passividade, não arrisca, não coloca ideias, e, por fim, nunca consegue mudar nada muito menos resolver problemas da organização.
02: "O próximo passo só pode ser a cadeira de chefe"
Só tem sucesso na carreira profissional quem assume posição de liderança. Para Ernesto Haberkorn, sócio fundador da TOTVS e diretor da TI Educacional, este é um pensamentos mais destrutivos para quem não tem perfil de liderança. “Com o objetivo de ganhar mais, a pessoa tenta ser chefe quando não tem vocação para isso. Acontece muito com vendedores”, diz Haberkorn. O resultado é o fracasso na posição de chefia, que pede habilidades distintas daquelas que fizeram com que o profissional se destacasse. “Por isso, nas nossas empresas adotamos a promoção em Y”, diz ele citando o sistema de promoção que permite duas opções de ascensão profissional – gestores e especialistas –, ambas com o mesmo grau de importância.
03: "Treinamentos são perda de tempo, eu já sei!"
A relutância em participar de treinamentos pode estar ancorada em más experiências passadas. E assim o pensamento “já sei de tudo, é perda de tempo” se cristaliza. “A pessoa vai ficando desatualizada, não evolui e é substituída”, diz Haberkorn.
04: "Quando eu assumir a liderança, aí sim, ninguém me segura"
Hoje não é possível fazer nada, mas quando tiver poder, tudo vai ser diferente. “Quem pensa assim entende que é o contexto atual que não o deixa agir”, diz Curi. Se fosse o dono, se fosse o chefe. Quando for o dono, quando for o chefe. “O impacto disso é que esse dia nunca chega”, diz Curi. Não chega porque a pessoa é passiva, “espera sentada” e assim não cria as oportunidades. “O ideal é agir como se já fosse, como se já estivesse na posição”, lembra o especialista.
05: "Não sou capaz"
Segundo Eliane Figueiredo, diretora presidente da Projeto RH o sentimento de menos valia, resultado da baixa autoestima atrapalha bastante. “A pessoa pensa não ser capaz e acha que as outras pessoas são melhores do que ela”, diz.
06: "Ninguém faz tão bem quanto eu"
Este tipo de pensamento é um dos que mais prejudica quem assume a posição de liderança. Postura centralizadora é seu principal impacto. “Revisando cada vírgula, refazendo relatórios, o profissional vai passar a maior parte do tempo realizando tarefas dos subordinados com a falsa ideia de que o jeito dele de fazer é melhor”, explica Curi. Fazendo isso, deixa de liderar, não tem tempo de treinar e formar pessoas. “Isso atrapalha a formação de sucessores”, diz Curi que atribui também a este tipo de comportamento o tão comentado apagão de talentos.
07: "Eu sou excelente, o que me falta é oportunidade"
Quando o ritmo de evolução profissional na empresa não acompanha os colegas de trabalho, o sentimento de vítima perturba. Sou ótimo, mas não tenho oportunidade, acreditam muitos profissionais estagnados. “A pessoa não acha que é valorizada e não vê sua responsabilidade dentro da situação”, diz Eliane Figueiredo, da Projeto RH.
A culpa é do outro e o profissional é menos protagonista e muita mais vítima dos rumos indesejados de sua própria carreira. “Não consegue perceber sua parcela de responsabilidade, não toma as rédeas da carreira”, diz Eliane. “Seria melhor se acreditasse melhorar a cada dia e que é capaz de construir as próprias oportunidades”, sugere Curi.
08: "Eu não merecia, por que isso aconteceu comigo?!!!"
O problema surge e com ele o nervosismo paralisante. Ai meu Deus do céu, por que isso foi acontecer comigo? Eu não merecia!! Está armado o cenário caótico. “A pessoa fica se lamentando e analisando o problema de tal forma que isso toma conta de todas as suas energias”, diz Eliane. Sem ação por conta do desconforto emocional, a solução não vem. “No nervosismo a pessoa não enxerga o que está a sua frente”, diz a especialista. A dica é mudar de foco, do problema para a solução, de acordo com ela.
09: "Eu não posso errar"
O eterno pavor do erro. Entendê-lo como abominável deixa o profissional que falha completamente abalado. “A pessoa não percebe o erro como oportunidade para aprender”, diz Eliane lembrando que muitas descobertas aconteceram a partir de algo que deu errado.
10: "Eu faço para ser reconhecido"
A motivação é externa: elogio, parabéns, reconhecimento. “Se o profissional faz algo esperando reconhecimento e ele não vem, fica frustrado”, diz Eliane. Com a competitividade em alta nas organizações, cumprir a meta, por mais arrojada que ela seja, não passa de uma “obrigação”. Por isso a motivação deve ser interna.
Fonte: exame.com
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