Somos tudo aquilo que
conseguimos fazer, porém, o somos, apenas, em parte. No fundo, somos tudo aquilo que sentimos em nosso
íntimo, tudo aquilo que nos toca e emociona de alguma forma. No entanto, o que fazemos mostra o quanto há de intenso no que
sentimos. Isto é, o quanto existimos de fato. Para esse fim, reformularia a frase de Descartes: "Penso, logo existo", para: "Sinto, logo existo". Eis a problemática de toda uma vida, que consiste no esforço constante de aproximar cada vez
mais o discurso da prática. Como dizia Paulo Freire: "É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática.". Enfim, que a consciência seja um convite vivo a sermos o que realmente somos, sem tanto pudor. Diante da infinita dinâmica existencial; todo fato é ficção; todo homem
carrega o mito em si; toda nossa racionalidade é, invariavelmente, emotiva.
Diego Cosmo
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