15 de setembro de 2016

VALOR DE MERCADO DO LUTADOR

A primeira preocupação de um jovem lutador muitas vezes é fazer com que um vídeo com os melhores momentos de suas lutas chegue às mãos de um empresário. "Infelizmente, hoje em dia é difícil um atleta chegar ao Ultimate Fighting apenas porque se destacou. Ele precisa de contatos com alguém que tenha acesso fácil aos donos do evento", afirma Dedé Pederneiras, treinador da equipe carioca Nova União.

"É difícil para o lutador estipular um preço para si mesmo. Então você precisa da ajuda de um manager, que negocia com o dono do evento", diz Rizzo. Grosso modo, o trabalho dos empresários consiste em valorizar tudo que o atleta tem a oferecer. O de Dana White em avaliar quanto o lutador traz de dividendos financeiros e de imagem para o UFC e, assim, definir o seu valor de mercado.

Quando Anderson [Silva] falar o idioma com fluência, seu valor de mercado se multiplicará. Os fãs americanos vão ficar ainda mais fãs, e os patrocinadores vão vender muito mais. Além disso, o brasileiro agradará ao patrão Dana White, que detesta conversar com os lutadores por meio de intérpretes.

Desde 2011, o UFC começou a premiar os atletas que mais usam o Twitter para se relacionar com os fãs. A cada três meses, ganham um bônus de US$5 mil aqueles que acumulam mais seguidores e que postam os tweets mais criativos, de acordo com o julgamento de Dana White.

O boxe continua pagando as maiores bolsas - Pacquiao recebe algo em torno de US$20 milhões para subir no ringue -, mas elas estão cada vez mais restritas a um pequeno grupo de pugilistas. Um iniciante do UFC luta por uma bolsa de US$6 mil, em média. Apenas 5% dos contratados chegam à cada do milhão de dólares por luta.

Fellipe Awi (Filho Teu Não Foge à Luta; págs: 282, 284, 295 e 304)

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