11 de março de 2016

OS OPOSTOS SE ATRAEM

Há também a mulher que detesta pessoas agressivas e faz com que o marido se encarregue da agressão e dos gritos. E a mulher com um marido perdulário que expressa, no lugar dela, a parte indulgente da sua personalidade. A identificação projetada é sempre recebida por pessoas com tendência naquela determinada direção, mas é "colocada" ali pelo companheiro ou companheira, que precisa de alguém para fazer seu papel.

"Quando uma mulher aprende a negar as próprias ambições e impulsos competitivos de competência e domínio", diz a psicóloga Marriet Lerner, "pode escolher um homem que expresse essas coisas por ela. Quando não consegue tolerar a ideia da própria dependência ou fraqueza, pode encontrar um companheiro que desempenhe um papel de incompetente e fraco que ela teme ser o seu papel real. Quando aprende a agradar e proteger os outros, talvez encontre um marido provocador e sem tato social. As mulheres geralmente escolhem como maridos homens que expressam justamente tudo aquilo que elas precisam negar em si mesmas, ou qualidades que deveriam expressar, mas não conseguem. E, então, revoltam-se contra o marido, quando ele expressa as qualidades pelas quais o escolheram." (...) Existem casos em que a identificação projetada e complementar é bastante construtiva. Porém, sempre que as necessidades essenciais se confundem, a união corre perigo. E, por incrível que pareça, duas pessoas presas a um casamento patológico podem continuar neuroticamente juntas para sempre, ao passo que casais mais completos e saudáveis, capazes de crescer e mudar juntos, acabam se separando.
 
Judith Viorst (Perdas Necessárias; págs: 200 e 201)

 
A senhora o ama precisamente tal qual ele é, ama-o sendo ofendida por ele. Se ele se emendasse, a senhora o largaria imediatamente e deixaria de amá-lo de vez. Mas a senhora precisa dele para contemplar constantemente sua façanha de fidelidade e censurá-lo por infidelidade. E tudo isso movida por seu orgulho.

Fiódor Dostoiévski (Os Irmãos Karamázov; pág: 269)


Parece que as mulheres mais bonitas sempre vão com os merdas mais hediondos. as mulheres amam o falso porque ele mente muito bem. intuitivamente a fêmea sabe que o falso sobrevive em nossa sociedade e é por isso que ela o prefere. ela está apenas interessada em sustentar a criança e cuidar que ela se desenvolva com segurança.

Charles Bukowski (Notas de um Velho Safado; pág: 73)

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