12 de agosto de 2015

GAG

Gag, um efeito cômico incluído no final do comercial. A primeira etapa cria uma situação para o uso do produto. Frequentemente, essa situação carrega uma nota de humor. A gag poderia ser definida como uma "repiada", ou seja, uma brincadeira em cima da brincadeira proposta na abertura do comercial. É muito usada, porque permite a criação da circularidade na mensagem televisiva, ou seja, o comercial se inicia e acaba no mesmo ponto. Convém que essa gag faça referência ao produto de forma que o consumidor, ao se lembrar dela, lembre-se imediatamente da marca anunciante. Como é comum o espectador lembrar-se da piada, mas se esquecer do anunciante, (...) minimizamos esse processo natural inserindo a gag no "ápice criativo" da peça, ou no clímax da narrativa. Assim, teríamos um roteiro que começa criando uma situação fora do comum; gera-se certa tensão e o produto aparece como solucionador do problema. Temos a demonstração do uso do produto e o pack-shot. Ao final, retoma-se a cena mais intensa (logo antes da interrupção para demonstração do produto) e faz-se uma piada, uma graça com o produto. É uma gag associada ao uso do produto, que, por esse motivo, tem menor probabilidade de ser esquecido. (...) É importante ressaltar que o humor em propaganda nada tem de pastelão; não desejamos provocar gargalhadas, apenas sorrisos. (...) Seja sutil, divirta o espectador e demonstre como ele é inteligente porque "entendeu a piada".

Celso Figueiredo (Redação Publicitária; Sedução Pela Palavra; págs; 126 e 127)

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