23 de julho de 2015

ANZOL ENIGMÁTICO

Nós, que estamos de certa forma interrompendo sua leitura, devemos ser extremamente econômicos e dizer apenas o necessário. (...) Em comunicação, quanto menos você disser, mais poder terá o que disse. (...) A estratégica persuasiva é criar anúncios com temas que sejam do interesse desse consumidor e, uma vez captada sua atenção, inserir informação (pouca) sobre o produto anunciado. (...) O título em publicidade não deve ser informativo como ocorre no jornalismo. (...) Mas provocativa. (...) Uma espécie de enigma. (...) O raciocínio que sustenta esse conceito é que não se pode esgotar a mensagem no início, pois é preciso conduzir a atenção do leitor até o fim do anúncio para fixar a marca anunciante. (...) O consumidor deve ser capaz de resolver esse enigma, mas não imediatamente. A ideia é que ao propor no título essa provocação, o leitor busque solucionar a questão e, para tanto, precise de novos elementos. Com isso, ele se sentirá compungido a ir adiante na leitura do anúncio, passando pela imagem, pelo texto, chegando à assinatura. (...) Tais anúncios devem ter alguma situação que envolva o produto, de preferência apresentando-o como solução para determinado conflito causado pela proposição do título.

Celso Figueiredo (Redação Publicitária; Sedução pela Palavra; págs: 11, 20 e 45)

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