11 de setembro de 2013

PSEUDO-AMBIENTALISTAS MIDIÁTICOS

Vivemos um momento no qual mobilizar e protestar é a tônica. A defesa do meio-ambiente é, em muitos casos, uma boa vitrine para a aparição na mídia televisiva. Algumas pessoas sabendo disso, e tendo anseios não tão ambientalistas, se aproveitam das oportunidades. Esses "pseudo-ambientalistas" são capazes de, através de estratégias bem montadas, levar muitos cidadãos de boa fé e ambientalistas desinteressados ideologicamente, a serem seus marqueteiros subservientes, aproveitando-se destes para que se mantenham aparecendo na mídia, em seus cargos, com suas projeções, enfim, se mantendo em evidência. Evidência esta que lhes deve trazer retornos interessantes...

Presenciamos mais uma vez e, de novo, sem reação, a ação desses demago-ambientalistas em "defesa" da área de preservação do Cocó, desta feita por conta da derrubada de árvores na Santana Júnior, no final da Antônio Sales. Essa "defesa" como de costume, mobilizou pessoas sinceras a engajar-se nas ações pelos demago-ambientalistas orquestradas. Esses protagonistas e seus coadjuvantes, são capazes até de literalmente chorar por causa da agressão ao meio-ambiente. As ações deles são EGOístas e apenas buscam interesses próprios, já que eles não fazem nada, nem mobilizam ninguém em defesa do Cocó, quando este se afasta dos bairros da área leste da cidade.

Há mais de 30 anos multidões de pessoas lançam diariamente todo tipo de dejetos e poluentes no mesmo rio Cocó, nos bairros de Alto da Balança, Aerolância, Jardim das Oliveiras, Dias Macêdo, Mata Galinha, Cajazeiras, Barroso e José Walter, e NENHUM destes pseudo-demago-ambientalistas midiáticos lembra do rio. Mostram assim que não são ambientalista coisa nenhuma. Ambientalistas seriam se cuidassem do meio ambiente, principalmente nas grandes áreas pobres de nossa Fortaleza. Nem se quer lembram dos pobres destas áreas degradadas às margens do rio Cocó, mas somente de aparecer quando alguma coisa acontece pontualmente no lado "nobre" do rio. As agressões graves, contínuas e antigas no Rio Cocó, naqueles bairros, NÃO INTERESSAM A ELES. Lá se pode continuar agredindo e poluindo. Desaparece o cuidado com o meio ambiente.

Esses predadores são vorazes e não medem consequências para aparecerem; se fosse possível ateariam fogo no Rio Cocó, só para ajudarem a apagá-lo e terem holofotes sobre si. Esses tais não são dignos de levantar a faixa "SALVE O COCÓ".

Delson Barros

4 de setembro de 2013

POR QUE A MAIORIA DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NÃO ENRIQUECE?

O Brasil não pratica seu capitalismo nem na constituição, nem no comportamento social. Não vi nenhuma eleição com valores capitalistas vencer. Os discursos são sempre de combate a pobreza, redução da desigualdade social, melhoramento dos serviços públicos e para todos os brasileiros (principalmente os pobres) – estes são valores socialistas. Tá, eu sei que a prática não condiz, mas nos atenhamos aos discursos que vencem, ou seja, são os valores aceitos pela prática social.

Não há capitalismo sem capital. Ele é o centro motor do modelo. Parece óbvio, mas na prática não. Já prestei consultoria a diversas empresas e as fiz crescer consideravelmente com uma simples mudança de perspectiva (mergulhando no capitalismo). A principal representação do capitalismo está nos bancos. Falar dos bancos é falar, não das maiores empresas, mas dos maiores lucros do mundo.

O Google é a marca mais valiosa do mundo, vale U$ 172 BILHÕES? Isso só vale aos bancos. A Microsoft está avaliada em centenas de bilhões de dólares? Só interessa aos bancos. E qual o negócio dos bancos? Dinheiro (o capital).

Portanto, se é tão óbvio que o principal e maior valor do capitalismo é o capital, então, porque a maioria das empresas insiste em vender produtos/serviços?! Calma. A saída não é fechar sua empresa e abrir um banco, mas vender dinheiro/capital através de qualquer produto ou serviço.

Trata-se de uma mudança de perspectiva. Restaurantes que vendem comida, ganham menos do que restaurantes que vendem entretenimento através da comida (uma maneira de vender capital é trazer a idéia de que o dinheiro está rendendo – não é isso que os bancos fazem com suas aplicações?)

Vi listas telefônicas e jornais de bairro vender anúncios, e sofrem para vender – falta empresa para tanto espaço. Mas, quem vende retorno, resultado e lucro (vende capital) vende fácil – falta espaço para tanta empresa.

Essa é a lógica dos agiotas, dos bingos, jogos de azar, etc. A mega sena oferece milhões, mas fatura muitos mais na ilusão de transformar R$ 1,50 em R$ 5 MILHÕES. Quando, na verdade, transforma 50 milhões em 5. Aí fica fácil, né? Doce ilusão capitalista que encanta e seduz.

Quando você olha por essa óptica, tudo muda de sentido. Promoções ganham uma outra perspectiva, liquidações, datas festivas, tudo muda.

A maioria das empresas brasileiras não enriquece, porque vende produtos.