* Menino prodígio pregando, fantasiado de pastor. (Tenho vontade de esganar os pais, os líderes que deixam esse tipo de excrescência e a multidão imbecilizada que ainda consegue dar glória a Deus).
* Marcha para Jesus em São Paulo. (Sei que esse “carnaval-gospel-fora-de-hora” acontece em outras cidades, mas nenhum consegue ser tão ruim).
* Pastor entrevistando demônio. (Além de considerar desprezível o que um demônio tenha para dizer, acho esse tipo de coisa uma violência contra a dignidade humana).
* Evangelista empetecado prometendo prosperidade. (Tais mercadejadores da esperança povoarão a esfera mais baixa do mundo subterrâneo de Dante).
* Profecia em programa de rádio. (O pastor chuta afirmando que algum motorista está triste e que Deus mandou aquele recado; pateticamente acerta todas).
* Conferência missionária que atrela a miséria da Africa à idolatria. (As veias do meu pescoço incham quando ouço alguém dizer que os Estados Unidos ficaram ricos porque são “uma nação cristã”).
* Testemunho de cura divina em cruzada evangelística (Que tristeza ouvir velhinha contar que foi curada de caroço, dor nas pernas e da coluna! Os que têm o dom de cura devem dar plantão na Ala dos Indigentes do Hospital do Câncer ou em ClInica de Hemodiálise).
* Sermão entrecortado com língua estranha (Será que as platéias não percebem o exibicionismo?).
* Político se convertendo em ano eleitoral (Que mico; nojo se mistura com vergonha!)
Ricardo Gondim